Consequências da Intubação Orotraqueal

O tubo orotraqueal juntamente com suporte ventilatório mecânico são necessários para permitir a manutenção da vida quando preciso. Contudo a presença deste instrumento pode levar a modificações na dinâmica da deglutição e dificultar a reintrodução da alimentação por via oral, ainda que de forma transitória, após sua retirada.
A disfagia, definida como o distúrbio da deglutição, ocorre quando há qualquer alteração no processo sinérgico de transferência de alimentos, saliva e água da boca ao estômago, e após a extubação, pode ser desencadeada por alterações mecânicas e/ou cognitivas.
A IOT prolongada pode causar lesões em estruturas laríngeas e gerar alterações vocais, que em geral desaparecem entre 24 e 48 horas pós extubação. Quando se perdurarem por mais de 72 horas, deve-se suspeitar de lesão das pregas vocais.
Em ambas as situações, o fonoaudiólogo é o profissional de competência para realizar uma avaliação e reabilitação especializada, e junto à equipe multiprofissional, pode atenuar ou eximir estas alterações e promover uma melhor qualidade de vida ao indivíduo que tenha passado por esse processo.

Referências
JOTZ, Geraldo Pereira; HADDAD, Leonardo; ALVARENGA, Eliézia Helena de Lima. Causas Respiratórias. In: DEDIVITIS, Rogério Aparecido; SANTORO, Patricia Paula ARAKAWA-SUGUENO, Lica (Org.). Manual Prático de Disfagia — Diagnóstico e Tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2017. n.p.
MOTA, Luiz Alberto Alves; CARVALHO, Glauber Barbosa de; BRITO, Valeska Almeida. Complicações laríngeas por intubação orotraqueal: Revisão da literatura. Int. Arch. Otorhinolaryngol., São Paulo – Brasil, v.16, n.2, p. 236-245, Abr/Mai/Junho – 2012.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *